“Por muito, a minha preferência seria Leão” disse eu à minha (agora) esposa após ela perguntar qual eu achava que seria o nome do novo papa. Nós acabamos de ver a notícia da fumaça branca e aguardávamos o novo sucessor de Pedro ser anunciado, ouvindo a transmissão enquanto viajávamos de carro. “Acho que seria bom outro Leão, estamos precisando. Mas acho difícil escolherem”, completei, citando logo depois outros nomes que julgava mais prováveis.
Desnecessário dizer que fui conquistado de imediato.
Falo deste nome porque ele carrega um legado importante, intimamente ligado a momentos-chave na história da Igreja e do mundo. Essa escolha revela um pouco da sua visão de mundo, assim como o que espera de seu papado - e a sua primeira homilia aprofunda mais essa questão.
Para explicar a “necessidade” de outro Leão que mencionei e também a minha empolgação, falarei de dois deles: o primeiro, São Leão Magno, e o último, Leão XIII. Depois falarei da esperança que tenho em relação a Leão XIV.
Os Antigos Leões
Primeiro a escolhê-lo, o Papa São Leão I viveu no século V, onde grandes mudanças aconteciam na Europa, dentro da Igreja e fora dela.
Dentro, havia uma disputa teológica importante dentro da cristologia (o estudo teológico da pessoa e natureza de Jesus Cristo) na qual setores cristãos negavam que Jesus possuía duas naturezas unidas em uma única pessoa: a divina e a humana. Este conceito é conhecido como união hipostática e é defendido pelos cristãos católicos e ortodoxos (em teoria, também pelos protestantes, porém alguns setores deles gostam de reinventar heresias milenares).
Quem nega este conceito é conhecido como um defensor do monofisismo, ou seja, acredita em uma só natureza de Cristo - a divina. Isto é uma heresia. Jesus era tão humano quanto Deus e negar isso gera contradições lógicas e teológicas importantes, nos levando a negar verdades da fé.
Sentindo que precisavam ganhar força enquanto movimento, os monofisistas fizeram um concílio regional entre seus membros para confirmar suas crenças, batizando de Segundo Concílio de Éfeso. É aí que Leão I entra nessa história, escrevendo o imponente Tomo de Leão, carta enviada para ser lida no concílio detalhando a opinião do papado na cristologia e afirmando a união hipostática. Os hereges ignoraram seu apelo para a leitura e prosseguiram com suas heresias. Posteriormente, foi realizado o Concílio de Calcedônia, este sim um concílio ecumênico reconhecido pela Igreja, na qual o Tomo finalmente foi lido e a verdade sobre as naturezas de Cristo foi afirmada.
Todo este conflito mostra a influência e primazia papal já nos primeiros séculos de história da Igreja, mas São Leão I também foi influente fora dela: concomitantemente, Átila, o Huno estava causando o caos na Europa e Ásia e finalmente invadiu a Itália, marchando para Roma com exigências. O imperador romano do ocidente, Valentiniano III, enviou uma comitiva para negociação composta de vários emissários e do próprio Leão I. Foi registrado que Átila ficou tão impressionado com sua figura e discurso que decidiu recuar, respeitando a autoridade papal. E foi assim que ele ganhou o título de Leão, o Grande, ou Leão Magno. Ele foi canonizado santo e a ele foi atribuído o título de Doutor da Igreja devido às suas grandes contribuições teológicas.
É notável o nível de responsabilidade que esse nome carrega logo de cara, mas o nível sobe ainda mais. O último a usar este nome, o Papa Leão XIII, reinou durante a segunda metade do século XIX e, portanto, lidou também com várias mudanças que aconteciam rapidamente no mundo. Porém, diferente de Leão Magno, seus desafios eram unir a teologia com a modernidade.
Aquele mundo estava no meio da primeira revolução industrial, com estruturas sociais ebulindo e descobertas científicas impressionantes sendo feitas. A nobreza e a realeza ruíam junto com toda a sociedade estamental, enquanto a burguesia e a lógica operária ascendiam. Governos que professavam explicitamente o liberalismo davam seus primeiros passos. Os mais diferentes tipos de atividade intelectual causavam profundas alterações nos paradigmas sociais e também na cultura: Darwin publicava “A Origem das Espécies”, Marx e Engels publicavam “O Manifesto Comunista”, Nietzsche publicava “Assim Falou Zaratustra”.
Em suma, diferente de antigamente, quando o papa conciliava tanto conduções teológicas quanto políticas, hoje elas andavam de mãos dadas. Os problemas sociais dessa época surgiram porque, ao entrar de vez na modernidade, maravilhada com os avanços científicos e os novos limites de interação com o mundo material, a sociedade passou a considerar Deus ultrapassado e O tirou da sua formação. E como disse G.K. Chesterton:
“O problema da descrença em Deus não é que o homem termina sem acreditar em nada. É na realidade muito pior: ele termina acreditando em qualquer coisa.” (G. K. Chesterton)
Sem Deus, o mundo começou a se afastar também dos valores cristãos e a preencher este espaço com idolatria ao homem. Pessoas tornaram a cometer erros antigos e a criarem novos. Ora hipervalorizavam o indivíduo, como no liberalismo, ora o coletivo e o estado, como no socialismo. Ora faziam reivindicações individualistas, ora extrapolavam os limites da liberdade dos homens. E a todos eles era promovido um paradigma materialista, no qual tudo o que importa são ganhos, bens, lucros e qualidade de vida material, os deixando ainda mais certos de que a sua forma de idolatria era a correta.
Leão XIII responde a esses desafios com o resgate daquilo que a sociedade havia perdido. Em sua extensa obra através de cartas encíclicas, ele fez várias reflexões sobre os tempos sem precedentes que vivia e tentava os conduzir de volta a Cristo. Por necessidade, ele criou o que conhecemos hoje como a doutrina social da Igreja, um conjunto de diretrizes e princípios que devem nortear a organização política e social dos povos e nações.
Conhecido por ser um intelectual e diplomata, seus ensinamentos não eram restritos somente à literatura: ele também resgatou o prestígio da Santa Sé nas relações internacionais, auxiliando as nações a dialogarem e evitarem conflitos tanto internos quanto externos devido à verdade visceral que propagava, indo na contramão do mundo - afinal, quando você tenta governar baseado em uma concepção errada da natureza humana, você inevitavelmente cairá em infelicidade, injustiças e até guerras. De toda forma, o mundo não seguiu seus conselhos e colhemos esses frutos no século seguinte.
Você pode conferir todas as suas encíclicas no site do Vaticano, mas trouxe algumas das mais importantes para exemplificar. Todas elas são reflexões detalhadas nas proposições que fazem e poderosas nas conclusões que chegam. Infelizmente só estão disponíveis em inglês (e outros idiomas), mas caso isso não seja uma barreira para você, clique e leia a que te interessar:
Quod Apostilici Muneris: Na sua primeira publicação, Leão explica os erros do socialismo e comunismo, além de sua relação com o niilismo. Também demonstra que essas ideologias são contrárias à ordem natural, à propriedade privada e à autoridade legítima e propõe como remédio as virtudes cristãs da caridade, justiça e disciplina.
Aeterni Patris: Esta versa sobre o papel da filosofia na vida do homem, o quão importante foi a contribuição cristã (especialmente de Tomás de Aquino) e o quão perigoso está sendo seguir o caminho do Iluminismo e do racionalismo. Também demonstra que não há contradição entre a ciência e o cristianismo, ou em outras palavras, razão humana e revelação divina.
Arcanum Divinae Sapientiae: Há a explicação do que é o casamento, do porquê o controle crescente do Estado sobre ele é preocupante e por que, diferente do que pensam os liberais e socialistas, a célula fundamental da sociedade não é o indivíduo nem as classes sociais, mas sim a família.
Diuturnum Illud: Aqui Leão XIII explica que o poder de toda autoridade legítima, em qualquer âmbito, vêm de Deus. Ele rejeita a tirania e o absolutismo, colocando limites no poder do Estado, mas também o liberalismo radical, pregando a obediência civil.
In Plurimis: Carta aos nossos bispos, no qual ele louva a Deus em agradecimento pela abolição da escravidão no Brasil. Ele também aproveita para fazer um histórico do papel da Igreja neste tema, desde os primórdios do cristianismo até a atualidade, apresentando a Igreja como uma força civilizadora que promoveu a dignidade humana e citando vários santos e papas que defenderam os escravizados. A escravidão é colocada como contrária ao cristianismo e os cristãos devem se manifestar sobre isso (ao invés de seguir o conselho dos liberais e “manter sua religião fora da política”).

O Novo Leão
Por fim, a encíclica mais famosa de Leão XIII, Rerum Novarum (essa sim disponível em português), foi a que o Papa Leão XIV pensou quando escolheu seu nome.
Nela, Leão XIII propõe uma terceira via entre o socialismo e o capitalismo liberal. Ele começa falando dos problemas do capitalismo industrial e da qualidade de vida operária, se manifestando contra o liberalismo extremo (laissez-faire), que explora os trabalhadores através de injustiças. No entanto, também critica a abolição da propriedade privada, afirmando que esse direito é natural e essencial para a dignidade e autonomia das pessoas e famílias.
Ele então descreve como tanto empregador quanto trabalhador possuem direitos e obrigações que devem ser cumpridos um para o outro, uma interação que deve ser mediada pelo Estado de maneira justa, promovendo o bem comum e sem substituir a iniciativa privada. Conclui colocando como solução para a "questão operária" não só mudanças econômicas, mas também uma renovação espiritual e moral, com base na doutrina cristã.
Eu gosto bastante dessa encíclica porque a considero muito atual. O cenário pode ter mudado, junto com as cores, artefatos e trabalhos afetados, mas nos encontramos virtualmente na mesma situação enquanto sociedade e mundo. Continuamos nos afastando de Deus, em marcha forte rumo a qualquer lugar, perdidos, cada um de nós aponta para uma direção, todas elas apontando para longe d’Ele. E quando não sabemos o que procuramos, não entendemos o que encontramos.
O Papa Leão XIV comentou a escolha de seu nome e, para mim, foi cirúrgico:
Eu decidi adotar o nome de Leão XIV. Há muitas razões para isso, mas a principal é que o Papa Leão XIII, que na sua encíclica histórica Rerum Novarum, abordou as questões sociais do complexo contexto da primeira revolução industrial. Nos nossos dias, a Igreja oferece a todos o tesouro de sua doutrina social em resposta a outra revolução industrial e os desenvolvimentos no âmbito da inteligência artificial, que trazem novos desafios para a defesa da dignidade humana, da justiça e do trabalho.
Precisamos reencontrar esse tesouro que foi feito para nós. Resgatar para os dias atuais a verdade eterna, aquilo que é, sempre foi e sempre será.
Para finalizar, tenho certeza também de que ele será muito mal interpretado como o Papa Francisco era. Antes mesmo de assumir já se tinha a expectativa se ele ia ser “progressista” ou “conservador”, com ambos os lados do espectro político na torcida. E tendo Leão XIV definido como prioridade resgatar a doutrina, podemos esperar muitas polêmicas midiáticas.
O melhor de todo é que ele já antecedeu isso e trouxe uma resposta logo na sua primeira missa. Portanto, fique com a belíssima homilia estreante do Papa Leão XIV, que fala sobre tudo isso que foi exposto no texto (destaques feitos por mim):
Começarei com uma palavra em inglês. O resto será em italiano.
Desejo repetir as palavras do Salmo Responsorial: “Cantai ao Senhor um cântico novo, pelas maravilhas que Ele operou”. Na verdade, não só comigo, mas com todos nós.
Caros irmãos Cardeais, enquanto celebramos [a Eucaristia] nesta manhã, convido-vos a reconhecer as maravilhas que o Senhor fez, as bênçãos que o Senhor continua a derramar sobre todos nós através do Ministério de Pedro.
Vós chamastes-me a carregar esta cruz e a ser abençoado com esta missão, e eu sei que posso contar com todos e cada um de vós para caminhardes comigo, enquanto continuamos, como Igreja, como comunidade dos amigos de Jesus e como fiéis, a anunciar a Boa Nova, a anunciar o Evangelho.
[A partir daqui, em italiano]
«Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16). Com estas palavras, Pedro, interrogado juntamente com os outros discípulos pelo Mestre, sobre a sua fé n’Ele, expressa em síntese o tesouro que a Igreja, através da sucessão apostólica, guarda, aprofunda e transmite há dois mil anos.
Jesus é o Messias, o Filho do Deus vivo, ou seja, o único Salvador, que revela o rosto do Pai.
N’Ele, para se tornar próximo e acessível aos homens, Deus revelou-se nos olhos confiantes de uma criança, na mente viva de um jovem, na fisionomia madura de um homem (cf. Conc. Vat. II, Const. Past. Gaudium et spes, 22), até aparecer aos seus, após a ressurreição, com o seu corpo glorioso. Mostrou-nos assim um modelo de humanidade santa que todos podemos imitar, juntamente com a promessa de um destino eterno, que ultrapassa todos os nossos limites e capacidades.
Na sua resposta, Pedro compreende ambas as coisas: o dom de Deus e o caminho a percorrer para se deixar transformar, dimensões inseparáveis da salvação, confiadas à Igreja para que as anuncie a bem da humanidade. Confiadas a nós, escolhidos por Ele antes de sermos formados no ventre materno (cf. Jr 1, 5), regenerados na água do Batismo e, apesar dos nossos limites e sem mérito nosso, conduzidos até aqui e daqui enviados, para que o Evangelho seja anunciado a toda a criatura (cf. Mc 16, 15).
E Deus, de modo particular, chamando-me através do vosso voto a suceder ao Primeiro dos Apóstolos, confia-me este tesouro para que, com a sua ajuda, eu seja seu fiel administrador (cf. 1 Cor 4, 2) em benefício de todo o Corpo místico da Igreja; para que ela seja cada vez mais cidade colocada sobre o monte (cf. Ap 21, 10), arca de salvação que navega sobre as ondas da história, farol que ilumina as noites do mundo. E isto não tanto pela magnificência das suas estruturas e pela grandiosidade dos seus edifícios – como estes monumentos em que nos encontramos – mas pela santidade dos seus membros, do povo que Deus adquiriu, a fim de proclamar as maravilhas daquele que o chamou das trevas para a sua luz admirável (cf. 1 Pe 2, 9).
No entanto, antes do diálogo em que Pedro faz a sua profissão de fé, há uma outra pergunta: «Quem dizem os homens», interpela Jesus «que é o Filho do Homem?» (Mt 16, 13). Não se trata de uma pergunta banal, diz antes respeito a um aspecto importante do nosso ministério: a realidade em que vivemos, com os seus limites e potencialidades, as suas interrogações e convicções.
«Quem dizem os homens que é o Filho do Homem?» (Mt 16, 13). Pensando nesta cena, refletindo sobre ela, poderíamos encontrar duas possíveis respostas a esta pergunta e traçar outras tantas atitudes.
Em primeiro lugar, há a resposta do mundo. Mateus sublinha que o diálogo entre Jesus e os seus sobre a identidade d’Ele tem lugar na belíssima cidade de Cesareia de Filipe, cheia de palácios luxuosos, inserida numa paisagem natural encantadora, no sopé do Hermon, mas também sede de círculos de poder cruéis e palco de traições e infidelidades. Esta imagem fala-nos de um mundo que considera Jesus uma pessoa totalmente desprovida de importância, quando muito uma personagem curiosa, capaz de suscitar admiração com a sua maneira invulgar de falar e agir. Por isso, quando a sua presença se tornará incômoda, devido aos pedidos de honestidade e às exigências morais que solicita, este “mundo” não hesitará em rejeitá-lo e eliminá-lo.
Depois, há uma outra possível resposta à pergunta de Jesus: a das pessoas comuns. Para elas, o Nazareno não é um “charlatão”: é um homem justo, corajoso, que fala bem e que diz coisas certas, como outros grandes profetas da história de Israel. Por isso, seguem-no, pelo menos enquanto podem fazê-lo sem demasiados riscos ou inconvenientes. Porém, porque essas pessoas o consideram apenas um homem, no momento do perigo, durante a Paixão, também elas o abandonam e vão embora, desiludidas.
Impressiona a atualidade destas duas atitudes. Com efeito, elas encarnam ideias que poderíamos facilmente reencontrar – talvez expressas com uma linguagem diferente, mas essencialmente idênticas – nos lábios de muitos homens e mulheres do nosso tempo.
Ainda hoje não faltam contextos em que a fé cristã é considerada uma coisa absurda, para pessoas fracas e pouco inteligentes; contextos nos quais em vez dela se preferem outras seguranças, como a tecnologia, o dinheiro, o sucesso, o poder e o prazer.
São ambientes onde não é fácil testemunhar nem anunciar o Evangelho, e onde quem acredita se vê ridicularizado, contrastado, desprezado, ou, quando muito, suportado e digno de pena. No entanto, precisamente por isso, são lugares onde a missão se torna urgente, porque a falta de fé, muitas vezes, traz consigo dramas como a perda do sentido da vida, o esquecimento da misericórdia, a violação – sob as mais dramáticas formas – da dignidade da pessoa, a crise da família e tantas outras feridas das quais a nossa sociedade sofre, e não pouco.
Ainda hoje, não faltam contextos nos quais Jesus, embora apreciado como homem, é simplesmente reduzido a uma espécie de líder carismático ou super-homem, e isto não apenas entre os não crentes, mas também entre muitos batizados, que acabam por viver, a este nível, num ateísmo prático.
Este é o mundo que nos está confiado e no qual, como tantas vezes nos ensinou o Papa Francisco, somos chamados a testemunhar a alegria da fé em Cristo Salvador. Por isso, também para nós, é essencial repetir: «Tu és o Messias, o Filho de Deus vivo» (Mt 16, 16).
É essencial fazê-lo, primeiramente, na nossa relação pessoal com Ele, no empenho em percorrer um caminho quotidiano de conversão. Mas depois também, como Igreja, vivendo juntos a nossa pertença ao Senhor e levando a todos a sua Boa Nova (cf. Conc. Vat. II, Const. Dogm. Lumen gentium, 1).
Digo isto, em primeiro lugar, para mim mesmo, como Sucessor de Pedro, ao iniciar esta minha missão de Bispo da Igreja que está em Roma, chamada a presidir na caridade à Igreja universal, segundo a célebre expressão de Santo Inácio de Antioquia (cf. Carta aos Romanos, Proémio). Ele, enquanto era conduzido como prisioneiro a esta cidade, lugar do seu iminente sacrifício, escrevia aos cristãos que aqui se encontravam: «Então serei verdadeiro discípulo de Jesus, quando o meu corpo for subtraído à vista do mundo» (Carta aos Romanos, IV, 1). Referia-se ao ser devorado pelas feras no circo – como aconteceu –; porém, as suas palavras recordam, num sentido mais amplo, um compromisso irrenunciável para quem, na Igreja, exerce um ministério de autoridade: desaparecer para que Cristo permaneça, fazer-se pequeno para que Ele seja conhecido e glorificado (cf. Jo 3, 30), gastar-se até ao limite para que a ninguém falte a oportunidade de O conhecer e amar.
Que Deus me dê esta graça, hoje e sempre, com a ajuda da terna intercessão de Maria, Mãe da Igreja.